Acontecimento que era previsto para acontecer em 2020, mas adiados por conta da pandemia de COVID-19, os Jogos Olímpicos de Tóquio, carregam altas expectativas, principalmente pela promessa de ser uma edição inovadora.
Entre as novidades, um projeto que motiva todos aqueles que são apaixonados pela cultura da reciclagem: as 5.000 medalhas que premiarão os melhores atletas da edição foram moldadas com metais extraídos de produtos eletrônicos reciclados. Para isso acontecer, os organizadores fizeram parcerias com cerca de 1.300 instituições de ensino e 2.100 lojas de eletrônicos do país. Além disso, boa parte dos cidadãos também puderam doar seus aparelhos antigos em pontos de doação instalados em milhares de comércios.
Ao todo, foram coletados quase 79 mil toneladas de dispositivos, entre eles mais de 6,2 milhões de telefones celulares, câmeras digitais e notebooks sem condições nenhuma de uso. Esses eletrônicos foram desmontados e tiveram seus metais derretidos, gerando pouco mais de 30,3 quilos de ouro; 4,1 quilos de prata; e 2,7 quilos de bronze. A meta da organização, como um todo, foi batida!
Não podemos deixar de lembrar que nos Jogos Olímpicos de 2016, realizados aqui no Brasil, também foi utilizada a estratégia de apostar em materiais reciclados para moldar medalhas. A diferença, agora, está no fato de que nas Olimpíadas do Brasil, apenas 30% das medalhas foram feitas dessa forma. No Japão, o objetivo era fazer 100% delas assim.
Os japoneses realmente levam a ideia dos Jogos Olímpicos em Tóquio ser a edição mais sustentável da história. Pois além das medalhas, os uniformes de revezamento da Tocha Olímpica serão confeccionados, em boa parte, com garrafas plásticas recicladas. Os pódios que receberão os campeões também serão feitos com resíduos reciclados.