Suécia, um país rico e desenvolvido, tem uma geração relativamente alta de lixo (1,6 kg por dia per capita). Por isso, a gestão de resíduos sólidos vem sendo encarada, por décadas, como prioridade das autoridades.
Uma das iniciativas mais inovadoras começou em 1961. Em Estocolmo, capital da própria Suécia, onde 100% dos domicílios contam com coleta seletiva, as residências atendidas pelo sistema Envac dispõem de lixeiras conectadas com uma rede de tubos que conduzem os resíduos a uma área de coleta. Um sensor instalado percebe quando a lixeira está cheia e através do vácuo, o lixo é sugado e transportado para o local de acumulação, onde é realizada a coleta seletiva.
Sacos de lixo podem ser depositados, em qualquer momento, nos coletores de recicláveis e não recicláveis. Através da sucção, os sacos viajam em uma velocidade de 70 km/h pela rede subterrânea de tubos. Ao chegarem na central, são separados e compactados em contêineres, de onde seguirão para reaproveitamento, compostagem, incineração etc. O ar que circula no sistema de tubos passa por filtros antes de fazer o retorno à atmosfera.
As vantagens são evidentes: os diferentes tipos de resíduos não são misturados durante a coleta; o número de caminhões de lixo em circulação é menor; a poluição sonora e atmosférica é reduzida; e, finalmente, há uma economia de 30% a 40% dos gastos municipais com o serviço de coleta.